Resenha (Livro) – Da guilhotina ao céu | Marian Orloñ

Olá gente, a paz!

Esperamos que tenham vivido uma ótima Semana Santa, a semana onde Deus nos revela o seu maior amor. Nós não postamos na semana passada por dois motivos, o primeiro sendo em respeito à Semana, e também por ter sido uma semana bem corrida. É assim gente: namorados que moram longe um do outro, quando têm oportunidade de se encontrar… Aproveitam o tempo! rs. Vivemos uma Semana Santa maravilhosa, graças a Deus, e agora estamos de volta ao blog 😉

Da guilhotina ao céu (Editora Salesiana Dom Bosco, 1999, 71) da autora Marian Orloñ, conta a história de cinco jovens que deram suas vidas por amor a Deus. Seus nomes são: Edward Kasmierski (20 anos), Jarogniew Wojciechowski (20 anos), Czeslaw Józwiak (22 anos), Franciszek Kesy (22 anos) e Edward Klinik (23 anos). Todos eles eram colegas do Centro Juvenil de Poznan (na Polônia), foram arrancados de seus lares ou locais de trabalho e levados a um campo de concentração nazista.

Adolf Hitler invadiu a Polônia no dia 1º de setembro de 1939. Vários jovens, indignados e temerosos do que poderia acontecer naquela turbulência, uniram-se, para que de alguma forma pudessem criar ou participar de alguma organização secreta, e combaterem, juntos, os nazistas. Não é possível provar com certeza de que nossos cinco jovens fizessem parte de alguma organização, mas em setembro de 1940, foram presos sob essa acusação.

“Foram, em primeiro lugar, acusados de pertencer a uma organização secreta. Depois começaram os interrogatórios individuais. O zumbido do chicote da Gestapo misturava-se aos gritos dos examinadores e aos gemidos dos imputados”. (p. 11)

O livro só pode ser escrito, pois toda a correspondência legal e ilegal (chamada de “gryps”) foi guardada pelos familiares. A autora também teve acesso ao testemunho de Henryk Gabryel, que foi colega dos cinco jovens, e preso com eles, registrou os ocorridos na prisão.

“Que força se encontra na fé! Há aqui alguns que não creem em nada. Como é terrível para eles a prisão. Só se ouvem blasfêmias e maldições. Ao contrário, os que têm fé sólida estão tranquilos. Em lugar de blasfêmias, há sincera alegria, porque na miséria Deus manda a alegria” (p. 54)

Todo o livro é bem forte, mesmo tendo sido escrito de forma romanceada. No início do livro, a autora aponta essa forma de escrita, explicando também que esses detalhes menores não alteram em nada o sentido e significado da história. E para mim, leitora, realmente não afetou, e ainda deu um brilho a mais. Por se passar num período histórico tão difícil e doloroso – a Segunda Guerra Mundial -, a autora foi feliz em utilizar as palavras que utilizou para a construção de sua narrativa.

A fé desses cinco meninos é admirável e inspiradora. Tranquilos, mesmo em meio a tanto sofrimento, vemos que Deus é presença real em seus corações. Em nenhum momento sentimos traços de uma “futura” vingança, ou de pensamentos tão ruins (do que se espera de alguém que esteja sendo preso e maltratado). Claro que haviam alguns momentos em que a tristeza os dominava… Mas o ponto mais forte dessa tristeza era esse sentimento ligado à saudade dos familiares, e a preocupação com suas mães e irmãs. Pensem: os cinco estavam presos e ainda assim pensavam no que suas mães estavam sofrendo por eles. Eles pediam pelo sofrimento de suas mães em suas orações, e não pediam para que Deus os tirasse de lá. Uma doação ao próximo, um amor ágape, tão intenso que me fez chorar.

Se você tiver oportunidade de ler esse livrinho, leia! É um carinho de Deus a nós.

Título: Da guilhotina ao céu

Autor: Marian Orloñ

Editora: Salesiana Dom Bosco

Páginas: 71 p.

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